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O que é a Stacks (STX) e vale a pena investir?

Já ouviu falar sobre camadas construídas em cima do Bitcoin (BTC)?

E sobre a construção de aplicativos descentralizados (DApps) e o uso de contratos inteligentes na blockchain do BTC?

Conhece algum projeto focado em viabilizar a construção de uma nova internet descentralizada baseada em BTC ?  

Entenda o que é a Stacks (STX) e o inovador projeto que ela já vem desenvolvendo há uma década para o setor cripto!

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Lembramos que essa não é uma recomendação
de compra e sim um artigo com viés educativo. 

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O que é a Stacks? 

Stacks – Uma segunda camada para o Bitcoin

A Stacks (ticker: STX) é um projeto criado inicialmente pela empresa Blockstack PBC com o objetivo de construir um ecossistema descentralizado e dar aos usuários controle total sobre seus próprios dados. A ideia é criar uma internet mais descentralizada, mais segura e controlada totalmente pelos usuários, não por empresas. A princípio, a solução do projeto é muito similar à maioria dos projetos criados em blockchain. O grande diferencial? A Stacks pretende construir tudo isso na rede do Bitcoin.

Simplificadamente, a Stacks busca funcionar como uma segunda camada para a rede do Bitcoin (BTC), buscando tornar a sua blockchain mais atraente para o desenvolvimento de aplicativos descentralizados (dApps) e permitir que novos recursos e funcionalidades que hoje não estão disponíveis de forma nativa na rede possam florescer. Para isso, o foco do projeto é o desenvolvimento de uma plataforma completa para que todo tipo de atividade on-chain que já acontece hoje na Ethereum, e nas suas blockchains concorrentes, possa acontecer no Bitcoin.

Is Stacks a Bitcoin L2?

Stacks é uma camada para contratos inteligentes que busca expandir as funcionalidades da rede do BTC para que ela comporte aplicações que, de forma nativa, não seriam possíveis

Em termos técnicos, a Stacks não é exatamente como uma segunda camada (Layer 2 ou L2) para a rede do Bitcoin, como acontece na rede da Ethereum. É mais como uma camada adicional que funciona baseada na rede do BTC, como outras soluções em camada, a exemplo da  Lightning, RSK e Rollups. Mas essa é uma discussão longa e extremamente técnica. Chamar a Stacks de L2 do Bitcoin facilita um pouco o entendimento conceitual do que o projeto faz. Para um maior detalhamento técnico, deixamos algumas fontes de estudo ao final desse artigo.


Então, resumidamente, a Stacks é uma rede que funciona em cima da rede do Bitcoin, sem modificá-la, e utiliza a tecnologia de contratos inteligentes (smart contracts) para permitir o desenvolvimento de dApps na blockchain do BTC. Isso porque a rede do BTC não tem essa funcionalidade de forma nativa. Logo, a Stacks permite aos desenvolvedores de blockchain criar contratos inteligentes que podem interagir com a blockchain do Bitcoin e aplicativos que rodam tendo BTC como combustível (fuel) e moeda de troca.

A Stacks está criando uma internet descentralizada em cima do Bitcoin, que permite aos desenvolvedores criarem DApps na rede do BTC, semelhante ao que já acontece em outras blockchains, como a Ethereum

Como a Stacks funciona?

Mecanismo de Consenso, Mineração e Recompensas em BTC

A Stacks afirma que usa em sua blockchain um mecanismo de consenso inovador chamado Prova de Transferência ou Proof of Transfer (PoX). Para mais informações sobre como esse mecanismo de consenso funciona, vale a pena ler a documentação técnica indicada no final desse artigo. A Stack inovou não apenas no mecanismo de consenso, mas também na linguagem escolhida para seus contratos inteligentes. O time da Stacks desenvolveu a linguagem Clarity, criada em conjunto com o time da Algorand (ALGO), especialmente para sua blockchain.

A Stacks introduziu o conceito de Stacking, que é um processo de bloqueio de tokens STX para apoiar a segurança da rede e ganhar recompensas em BTC, ou seja, “uma espécie de staking”

Existem duas maneiras diferentes de participar do consenso PoX, a mineração de STX e o Stacking de STX. A mineração é mais técnica e intensiva em recursos, sendo o processo responsável por garantir a segurança da rede. Os mineradores de STX gastam BTCs a cada bloco de Stacks para competir por acrescentar o próximo bloco à rede e ganhar uma recompensa em STX. Esses BTCs gasto a cada bloco pelos mineradores não são destruídos ou apropriados pelo projeto. Eles são distribuídos pelo protocolo para os detentores de tokens STX que estão realizando o Stacking.

Apesar de ter um nome parecido e funcionar de forma muito similar, o Stacking é tecnicamente bem diferente, mas conceitualmente muito parecido com o staking. O Stacking ocorre quando os detentores de tokens STX bloqueiam seus tokens STX no protocolo para ganhar os BTCs gastos pelos mineradores de STX. No caso de bifurcações controversas da rede, isso fornece um incentivo adicional para os mineradores de STX serem honestos. Embora o Stacking possa ajudar na segurança da rede como resultado, não é ele quem garante o PoX.

É possível fazer o Stacking de forma centralizada, em corretoras (exchanges) centralizadas (CEX) como a Binance, a OKX e a Coinlist, ou de forma descentralizada, por meio de DApps que facilitam o processo, como o Xverse Pool e o Fridger’s Pool, ou ainda de forma nativa, usando a carteira Hiro. Mais fontes de estudo e informações sobre esse tema foram incluídas no final desse artigo.

Stacks é uma camada construída em cima do BTC que permite aplicativos descentralizados e contratos inteligentes na blockchain mais popular do mundo

Em que estágio a Stacks está? 

O Ecossistema da Stacks

Já existem hoje diversos aplicativos descentralizados construídos na Stacks e, consequentemente, que permitem interação com e também se aproveitam do nível de proteção da rede do Bitcoin. Há aplicativos para finanças, colecionáveis, blogs e muito mais. Atualmente, o ecossistema conta com um total de 95 dApps. Esse elevado número de aplicativos é resultado de um programa de aceleração lançado em 2021 pela Stacks para financiar equipes de tecnologia que quisessem construir aplicativos em Bitcoin por meio do seu protocolo.

Além disso, a Stacks permite a criação de tokens personalizados na blockchain do Bitcoin, que podem ser usados para uma variedade de fins – como, por exemplo, para recompensar usuários, financiar projetos ou criar novos sistemas financeiros. Assim, é possível cunhar tokens não fungíveis (NFTs), criar Blockchain Naming Systems (BNS) – equivalente ao ENS da rede Ethereum – ou até mesmo construir protocolos inteiros de finanças descentralizadas na rede do Bitcoin (DeFi).

Por isso, a Stacks se promove não só como uma blockchain, mas também como uma plataforma de suporte para projetos de NFT e DeFi que buscam se desenvolver na blockchain do BTC. Por fim, como outras redes, a Stacks fornece uma identidade digital descentralizada individual para todos os seus usuários, o que permite a eles controlarem seus próprios dados e acessá-los em vários aplicativos.

O projeto da Stacks não está em fase embrionária. Ele já faz parte do ecossistema da mundialmente famosa aceleradora de startups Y Combinator (Seed Round, Series A, Venture Round e Coporate Round) e já recebeu aportes até mesmo da OpenSea. Mas definitivamente é um projeto em um estágio ainda muito inicial. Ainda assim, é possível afirmar que é um projeto bem sólido, com investidores de peso por detrás, e que busca resolver uma dor muito relevante do mercado cripto: a ausência de ambientes de segunda camada em Bitcoin que permitam o florescimento da Web 3.0 na blockchain do BTC.

Apesar de ter iniciado em 2013, os principais desenvolvimentos do projeto (Stacks 2.0) só foram entregues bem recentemente: seu token (STX) foi lançado em 2019 e suas blockchain (Stacks Mainnet) e wallet (Hiro Wallet) próprias foram lançadas em 2021.

O planejamento estratégico (roadmap) mais recente da Stacks, apelidado Stacks 2.1, inclui o desenvolvimento do Clarinet, de um API para a sua blockchain e de suas subnets, entre outros produtos novos. E sua entrega mais recente foi a atualização da Hiro Wallet para permitir a interação com Ordinais de Bitcoin ou Ordinal inscriptions (Hiro: Ordinals).

Qual o histórico da Stacks ?

A Stacks foi fundada em 2013 pelos cientistas da computação Muneeb Ali e Ryan Shea e desenvolvida pela Blockstack PBC, empresa criada também em 2013. O time conta com diversos acadêmicos e inúmeros doutores (PhDs) em ciência da computação e sistemas descentralizados.

Entre seus financiadores de peso podemos citar Y Combinator, Winklevoss Capital, DCG, Union Square Ventures, Lux Capital, Recruit Holdings, Arrington XRP Capital, Hashkey Group, Fenbushi Capital, Frontier Ventures e Spartan Group. Em 2019, a Stacks realizou o ICO do seu token STX. E em 2020, foi anunciado que a empresa Blockstack PBC mudaria seu nome para Hiro Systems PBC (Hiro) e expandiria seu foco.

A antiga Blockstack PBC foi a primeira empresa do espaço cripto a conseguir realizar uma espécie de ICO autorizado pela SEC (Securities and Exchange Commission), o equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) dos Estados Unidos, ou seja, o órgão responsável pela regulação e supervisão do mercado de capitais e das empresas de valores mobiliários no país. O evento ocorreu em julho de 2019, ficando conhecido como “SEC-qualified token offering”, arrecadando mais de 23 milhões de dólares na época.

Um ICO (Initial Coin Offering) ou uma Oferta Inicial de Moedas nada mais é do que um modelo de financiamento comumente utilizado por projetos de criptomoedas, no qual os investidores adquirem novos tokens, no seu lançamento, em troca de criptomoedas já estabelecidas, como Bitcoin (BTC), Ether (ETH) ou stablecoins (USDT, USDC, DAI, etc).

Quase dois anos depois desse feito regulatório impressionante, a empresa optou por abandonar a segurança regulatória conferida pela SEC, em 2021, ao anunciar que estava submetendo seu último relatório anual ao órgão regulador americano e não trataria mais os tokens STX como valores mobiliários (securities) assim que a blockchain Stacks 2.0 da empresa fosse lançada em janeiro daquele ano.

Hiro: Bitcoin- First

Segundo a Hiro, construir aplicativos em Bitcoin é a maior e mais óbvia aposta em cripto hoje. Enquanto a maior parte do público acredita que o Bitcoin não é mais do que uma reserva de valor digital, a Hiro vê o Bitcoin como a base para uma internet melhor.  Por isso eles criam ferramentas para que desenvolvedores de blockchain construam esse futuro na Stacks.

A Stacks é uma empresa americana, baseada em Nova Iorque (NYC), e co-fundada por Ali e Shea durante seu tempo na Princeton University, umas das universidades mais respeitadas do mundo e parte integrante do seleto grupo das Ivy League. Durante seu tempo em Princeton, Muneeb fez um mestrado (MA) e um doutorado (PhD) em Ciência da Computação, enquanto Ryan formou-se em Engenharia Mecânica e Aeroespacial, com especialização em Ciência da Computação. E ambos foram parte da seleta turma de startups selecionadas pela Y Combinator em 2014. Notavelmente, a Stacks é o resultado do projeto de doutorado de Muneeb em Princeton.

A Stacks é o resultado do projeto de doutorado de Muneeb, que propunha a criação de uma nova internet descentralizada baseada na rede do Bitcoin: a Blockstack (atualmente Stacks).

A Hiro acabou se tornando um projeto mais amplo que apenas o projeto da Stacks, tendo hoje em seu quadro principal Muneeb Ali, como Presidente do Conselho, e Alex Miller e Diwaker Gupta, como CEO e CTO, respectivamente. O início da Hiro remonta ao ano 2021, quando Muneeb Ali conseguiu compreender que seu foco não poderia ser apenas o desenvolvimento do ecossistema da Stacks, com sua blockchain e token próprios (infraestrutura). Mas que era preciso focar também em construir aplicativos em Bitcoin e promover a descentralização da Stacks como um todo. A Hiro busca desenvolver ferramentas para que os desenvolvedores possam construir o futuro da Web 3 em Bitcoin com a Stacks e para que a Stacks 2.0 se torne verdadeiramente descentralizada.

Stacks: o projeto precisa de um token?

Mineradores de $STX gastam $BTC para minerar $STX.
Usuários que fazem o Stacking de $STX ganham como recompensa $BTC.

STX é a criptomoeda nativa da rede Stacks. Ela é utilizada para viabilizar contratos inteligentes e recompensar mineradores na blockchain da Stacks, bem como permitir que seus detentores coletem BTCs por meio do processo de Stacking. É o combustível da blockchain da Stacks, sendo utilizada em todos os aplicativos do seu ecossistema (marketplaces, corretoras descentralizadas,etc). Logo, é um token de utilidade, usado como combustível em todas as transações da plataforma.

TOKENOMICS de STX

Mais de 1/3 dos tokens estão nas mãos dos investidores institucionais que entraram em 2017 e 2019 no projeto.

O token STX foi lançado a US$ 0,2 (2019) e alcançou US$ 2.65 (2021), o equivalente a mais de 10 vezes o investimento inicial. Antes do lançamento de sua blockchain própria era um token ERC-20, mas atualmente seu Token Standard próprio é o SIP-010.

Segundo o site CoinMarketCap, hoje o preço do token STX é $0,63.  Sua capitalização total de mercado é US$ 882.422.160,00 – alcançando uma classificação de mercado de #53. Logo, estamos olhando para uma mid cap, ou seja, um projeto com uma capitalização de mercado média ou de tamanho intermediário. O último pump do token foi consequência da implementação do padrão BRC-20 na rede do Bitcoin, que permitiu a criação de tokens fungíveis usando o protocolo Ordinals (Ordinais), tokens SRC-20, e uma nova onda de interesse em NFTs, mas dessa vez na blockchain do Bitcoin.

Há um fornecimento em circulação de 1.352.464.600 STX, aproximadamente 76% do fornecimento máximo de 1.818.000.000 tokens $STX.

Você pode adquirir o token em corretoras como Binance, Bybit, Kucoin, Kraken e Coinbase. Veja mais em: https://coinmarketcap.com/pt-br/currencies/stacks/markets/

Gráfico histórico de preço da moeda STX.
Fonte: CoinMarketCap

Em relação à correlação entre oferta/demanda, a maior parte da pressão de venda do token vem dos mineradores e grandes investidores institucionais que entraram cedo no projeto e podem querer realizar lucros após o período de vesting. Já a demanda é proveniente, em sua maior parte, dos usuários que fazem Stacking e, de forma residual, de usuários do ecossistema como um todo (uso da rede e seus dApps).

Riscos e Oportunidades da STX

O projeto da Stacks tem uma proposta de valor incrível, mas que ainda não pegou tração. Sua tese ainda não foi comprada pelo mercado. O risco é a não execução ou o mercado continuar a ignorar sua proposta de valor. A oportunidade maior é chegar cedo em um projeto promissor que ainda não está no radar da maior dos investidores e ainda tem muito a entregar.

Em geral, o ecossistema descentralizado da Stacks já passou do estágio embrionário, mas ainda está em estágio inicial e muitos aplicativos e recursos ainda serão desenvolvidos e integrados.

Atualmente o projeto está em evidência, pois a rede do Bitcoin tem recebido bastante atenção – e se mantido congestionada – devido ao interesse emergente em Ordinais, tokens BRC-20, Bitcoin Stamps e meme coins na rede do BTC.

O investimento em Stacks pode ser uma oportunidade para capitar parte do valor que já está sendo e ainda será criado após a implementação do padrão BRC-20 na rede do Bitcoin. Isso pode ocorrer de forma direta, com o aumento do uso da plataforma, a partir do desenvolvimento de mais aplicativos descentralizados e atração de novos usuários ou investidores interessados na mineração ou Stacking de STX, ou de forma indireta, a partir da especulação com o token STX.

Outra tese plausível é optar por comprar tokens de projetos embrionários do ecossistema Stacks ou participar de plataformas de launchpad já existentes no mesmo ecossistema, como a ALEX Lab (ALEX) : uma DEX do ecossistema Stacks para transacionar tokens BRC-20, portanto, que roda em cima da rede do BTC.

Por um lado, parte da falta de atratividade do projeto pode ser atribuída a fato de que ele foi criado nos Estados Unidos e tem por detrás uma empresa americana, ou seja, uma entidade registrada e com operações no país, o que ainda é visto como um risco regulatório, frente às inúmeras incertezas do ambiente cripto nos EUA. Por outro lado, a Stacks surgiu em uma das universidades americanas de maior prestígio e seu time tem muito bom trato com os reguladores, tendo sido o primeiro projeto a receber aval da SEC no lançamento de um token.

Por fim, é notável que a Stacks se propõe a trazer maior volume de transações para a rede do BTC, o que é benéfico, especialmente no longo prazo, quando todos os BTCs terminarem de ser minerados e os mineradores passarem a depender de taxas de transação para sobreviver. Taxas altas o suficiente para manterem o interesse dos mineradores dependem de transações em grandes volumes e de forma frequente – o que a Stacks pretende promover com a criação de um ecossistema inteiro rodando em cima da rede do BTC.

Esse seria só o começo de uma enorme revolução na rede do Bitcoin. E essa seria uma oportunidade de participar dela desde o começo.

Estudos

https://www.stacks.co/learn/learning-resources

https://www.stacks.co/learn/introduction

https://docs.stacks.co/docs/intro

https://docs.hiro.so/

https://docs.stacks.co/docs/stacks-academy/whitepapers

https://www.stacks.co/blog

https://www.stacks.co/roadmap

https://docs.stacks.co/docs/stacks-academy/stacking

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