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Você já ouviu falar sobre blockchains de primeira ou segunda camada? Se você ainda não entendeu o que significam esses termos e qual a importância deles para aumentar a adoção às criptomoedas vamos explicar tudo neste artigo!
Diferentes camadas em uma blockchain? Como assim?
A tecnologia da blockchain vem se provando muito benéfica em diversos sentidos: aumenta os níveis de segurança, permite organização das transações e guarda todos os registros de transações já realizadas. Porém, conforme se torna cada vez mais comum, alguns problemas vêm a tona.
Esses termos (layer 1 e 2) se referem à soluções para um dos grandes problemas das blockchains hoje: a Escalabilidade. Redes como a do Bitcoin e Ethereum que realizam milhares de transações por minuto acabam sendo lentas e caras.
Pensando nisso, os desenvolvedores criaram uma solução para aumentar o número de transações por segundo entregando ainda, rapidez e menores preços. Se você está se perguntando: de que maneira? É aí que entram as tais camadas da blockchain.
A Layer 1 ou “camada 1” em português, em um ecossistema descentralizado é a blockchain. Layer 2, por outro lado, é uma integração terceira que é combinada com a Layer, 1 a fim de aumentar o número de nós rodando o sistema, e portanto sua capacidade também.
Muitas soluções de segunda camada estão sendo criadas e implementadas através de contratos inteligentes para automatizar transações.
Para simplificar todas essas palavras: a layer 1 é a blockchain principal, ou seja, o sistema principal que estarão se baseando. Já a layer 2 é como um sistema que foi criado em cima das características da primeira camada e que por ser integrado a essa rede consegue rodar em paralelo e concomitantemente, aumentando a capacidade do sistema como um todo!
A forma como as blockchains foram criadas para funcionar, fazem com que toda transação dentro de um sistema descentralizado tenha de passar por diferentes passos até ser concluída, o que leva um tempo considerável. Tendo isso em vista, podemos concluir que as segundas camadas estão revolucionando o sistema blockchain.
Para fins de comparação sobre a importância da escalabilidade, enquanto companias de pagamento como a Visa processam aproximadamente 20.000 transações por segundo em seu sistema, a rede principal do Bitcoin consegue processar apenas de 3 a 7 transações por segundo, chocante né?
A diferença é gritante, mas a explicação por trás é simples: justamente porque o Bitcoin possui uma rede descentralizada, necessita de mais energia e tempo para guardar as informações acerca das transações. Cada transação passa por um processo de ser incluída no sistema, aceita, mineirada, distribuída e validada por um nó da rede.
Outro exemplo é a Ethereum, com a crescente demanda de aplicativos, NFTs e contratos inteligentes sendo criados, as taxas para incluir tais transações na rede, chamadas de “gas fee”, foram para a lua, ficando altíssimas. A partir daí oportunidades para projetos de segunda camada surgiram, como é o caso da Polygon (MATIC), por exemplo, ela serve como uma ponte mais rápida e mais barata para quaisquer aplicações na blockchain da Ethereum.
Ao usar essa camada secundária, como os sistemas estão integrados, é possível facilmente levar os contratos inteligentes criados na rede Polygon para a blockchain da Ethereum.
Outro exemplo é o da Lightning Network, uma solução de segunda camada para a blockchain do Bitcoin, o que acontece nesse caso é que ela cria um canal entre duas ou mais pessoas para realização de pagamentos com BTC, de forma paralela a rede principal, dessa maneira, quando a transação é processada a última coisa é ser de fato incluída na rede principal do blockchain, poupando a rede de todas as etapas anteriores, aumentando sua eficácia.
E agora, já ficou mais claro o que é essa tal de primeira e segunda camada? O mais interessante de entender esse processo é que você pode procurar por projetos que apresentem esse modelo de solução para a falta de escalabilidade, e que se bem desenvolvidos podem ter muito sucesso, porque uma coisa é fato: cada vez mais as blockchains terão de ser escaláveis!
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