Existem NFTs na rede do Bitcoin?

Já ouviu falar sobre NFTs gerados na rede do Bitcoin (BTC)? E sobre “Ordinals” e “inscriptions” ?

Talvez você já tenha ouvido falar sobre tudo isso, mas ainda não tenha entendido muito bem do que se trata e qual a sua relação com os NFTs popularizados pela rede Ethereum.

Conhece algum projeto de NFT construído em BTC ?  E as meme coins recentemente cunhadas na rede do BTC ? Você já tinha ouvido falar ? Ficou surpreso ? Sabia que era possível ?

Entenda o que são os Ordinals, esse inovador projeto que vem se desenvolvendo há cerca de um ano na blockchain do BTC, e como eles se relacionam com NFTs e o surgimento de experimentos como tokens BRC-20 na rede do BTC.

Aqui nós simplificamos e te explicamos tudo desde o início !

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Lembramos que essa não é uma recomendação
de compra e sim um artigo com viés educativo. 

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O que é um NFT? 

NFT é um acrônimo para Non-Fugible Token (em português: token não-fungível ou token infungível).

Não existe um consenso no mercado sobre suas características técnicas. Mas, em linhas gerais, a definição de NFT envolve a existência de um ativo digital, insubstituível, transferível e de propriedade registrada e certificada em uma blockchain.

Infungibilidade é o princípio que define bens que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, quantidade e qualidade. Por exemplo: enquanto, por princípio, todos os Bitcoins e Satoshis são iguais entre si (1 BTC = 1 BTC ou o meu 0,001 satochi é igual ao seu 0,001 satochi), os NFTs são ativos únicos, de forma que todos são diferentes entre si. Então, não podem existir dois iguais. Além disso, seu registro e a possibilidade de transferência de propriedade na blockchain permitem uma espécie de certificação on-chain: transparente, imutável e rastreável. Como tokens únicos, seu valor também é único – individualmente atribuído pelo mercado.

A blockchain garante, então, aos NFTS: singularidade, propriedade, transmissibilidade, transparência e rastreabilidade.

Como surgiram os NFTs?

As ideias de propriedade digital e não-fungibilidade de ativos digitais são antigas na comunidade cripto. Conceitualmente falando, o que mais tarde se convencionou chamar de NFTs, teve seus primórdios no mundo cripto na blockchain do Bitcoin e não da Ethereum.

Para a surpresa de muitos, tudo começou bem cedo, no ano de 2012, com as Colored Coins. Muitos consideram que essa foi a primeira experimentação do mercado cripto com o conceito de NFTs bem no início do nosso mercado – o projeto teria sido uma espécie de precursor dos NFTs ou o que muitos chamam de “proto-NFTs” (Overview of Colored Coins).

Diferente dos NFTs atuais, mintados em blockchains com suporte para contratos inteligentes de forma nativa, o projeto das Colored Coins foi desenvolvido na blockchain do Bitcoin, sem a presença de smart contracts. Mas como tinha muitas limitações técnicas, tendo sido mais fruto de um experimento de desenvolvedores do Bitcoin no início da rede, do que uma demanda real por mais funcionalidades por parte dos usuários, acabou não vingando. Como parece evidente, o projeto não recebeu muita atenção da comunidade cripto na época.

Posteriormente, em 2014, tivemos a criação do primeiro NFT de representação visual (Quantum). Em 2015, assistimos ao surgimento do primeiro jogo em blockchain (Spells of Genesis). E o ano de 2016 marcou o surgimento do primeiro crypto meme, em nosso mercado, atrelado à rede do Bitcoin: a coleção RarePepe da Counterparty (XCP), um protocolo construído sobre a rede do Bitcoin a partir de 2014. A arte foi baseada no meme Pepe the Frog e seus itens foram negociados como ativos digitais não-fungíveis registrados na plataforma da CounterParty.

Mas os NFTs só foram florescer mesmo na rede da Ethereum, em 2017 – com os Cryptopunks e CryptoKitties. E explodiram somente em 2021, quando as métricas de busca, dispêndio com gás na rede da Ethereum, número de transações e mintagens, bem como surgimento de novos projetos dispararam, indicando amplo interesse de pesquisa e negociação pelos usuários. O fenômeno dos colecionáveis digitais que podem ser negociados on-chain finalmente começou a ganhar tração.

Tudo isso aconteceu a partir a insistência de grupos inteiros de desenvolvedores e usuários de vanguarda (early adopters) que fizeram incessantes tentativas e testes ao longo do tempo para que se pudesse desenvolver e adotar uma forma de emissão de ativos digitais colecionáveis em blockchain que não fossem apenas as moedas ou tokens nativos fungíveis até então existentes (NFT Timeline).

Bitcoin Punks

Porque agora ?

Você deve estar se perguntando “mas se o tema dos NFTs em Bitcoin é tão antigo, por que ele só entrou em voga agora ?”

Exatamente porque só agora ele pegou tração entre usuários da rede do Bitcoin, com o lançamento recente do protocolo Ordinals e o desenvolvimento de tokens BRC-20, que amplificaram o interesse dos usuários da rede por colecionáveis e tokens de meme.

Simplificadamente, a teoria dos Ordinals é uma metodologia proposta para identificar cada satoshi por meio de um número de série e rastreá-los na rede do Bitcoin, desde a primeira emissão e durante toda a vida útil das transações, viabilizando também um processo chamado de “inscription”, que permite inscrições de dados em frações de BTC. Já BRC-20 é uma maneira experimental de permitir a cunhagem e transferência de tokens na blockchain do Bitcoin, a partir da aplicação prática da teoria dos Ordinals, em alusão ao que o padrão ERC-20 faz na rede da Ethereum.

Mas vamos entender melhor esses conceitos.

Ordinals – uma metodologia para identificar satoshis individuais

Exemplo:
Inscription #11996764

Fonte: https://ordinals.com/

O que são Ordinals e qual a sua relação com NFTs?

Casey Rodarmor

https://rodarmor.com/

https://rodarmor.com/blog/
 @rodarmor

Qual o histórico do projeto ?

As Ordinal inscriptions são ativos digitais, semelhantes aos NFTs, inscritos em um satoshi na rede do Bitcoin. Tudo começou com o lançamento oficial do protocolo Ordinals em janeiro de 2023, depois da sua teorização e desenvolvimento por mais de um ano.

O time por detrás dos Ordinals (Ordinal Labs) declara que acredita que os ativos digitais não-fungíveis também podem e devem florescer na blockchain do Bitcoin. O fundador da Ordinal Labs e principal mente criativa por detrás da teoria e do protocolo se chama Casey Rodarmor.

Casey é um Engenheiro da Computação formado pela Universidade de Berkeley (UC Berkeley), em 2009, e que chegou a trabalhar no Vale do Silício (em inglês: Silicon Valley) nos Estados Unidos, como engenheiro da computação na Google, antes de se juntar à Chaincode Labs para trabalhar no projeto da Bitcoin Core. Foi quando ele passou a integrar a comunidade BitDevs de desenvolvedores de Bitcoin em São Francisco e participar de reuniões periódicas para discutir aspectos técnicos da blockchain do Bitcoin. Assim, surgiu sua obsessão com o tema dos NFTs em Bitcoin.

Casey finalmente decidiu se dedicar ao projeto Ordinals em 2022, como forma de desenvolver um protocolo que realmente permitisse a criação e adoção de algo similar aos NFTs na rede do Bitcoin. Segundo o próprio Casey, sua motivação era tornar o Bitcoin divertido novamente, especialmente durante o mercado de baixa (bear market) desse ciclo, e criar uma versão melhorada dos NFTs na rede que ele considera ser a melhor blockchain do mundo.

Casey vê os NFTs hoje como um dos maiores drivers de adoção e apelo da Ethereum para novos usuários, que chegam todos os dias ao mercado cripto. Trazendo algo similar para a rede do Bitcoin, ele espera abrir uma nova porta de entrada para que esses usuários também cheguem à rede do Bitcoin via NFTs.

Pouco ambicioso, né?

Como os Ordinals funcionam ?

Mas, afinal, o que são Ordinals de Bitcoin? A teoria ou protocolo dos Ordinais (em inglês “Ordinals protocol”) nada mais é do que um sistema de contagem que permite numerar sequencialmente, para rastrear e transferir, as menores unidade de um BTC (satoshis). Esses números são chamados de números ordinais (em inglês “ordinal numbers”) em oposição aos números cardinais. Lembra das aulas de matemática? Os números cardinais são aqueles que expressam uma quantidade absoluta, enquanto os números ordinais indicam a ordem ou a série em que determinado número se encontra incluído. Por isso sua designação como Ordinals Protocol.

Além disso, o Ordinals protocol permite inscrever mídias nesses satoshis (em inglês “inscribe”) ou, por outras palavras, fazer inscrições de dados em satoshis (em inglês “inscriptions”) para criar diferenciações entre eles (infungibilidade) e associá-los a dados específicos. A inclusão de textos, imagens, videogames e outros conteúdos digitais torna esses satoshis artefatos digitais (digital artifacts). Mas popularmente a comunidade tem convencionado chamar esses ativos de “NFTs de Bitcoin”.

Isso não requer outra moeda ou token, além de satoshis de BTC, nem outra rede ou camada, que não a blockchain do próprio Bitcoin. Também não foi necessária qualquer alteração da rede em seu formato atual. O protocolo simplesmente funciona a partir do uso da rede exatamente da forma como ela se encontra funcionando hoje.

Esse processo se tornou possível graças às atualizações Sigwit (2017) e Taproot (2021). Por isso, ordinal inscriptions dispensam a necessidade de sidechains, serviços de hospedagem em servidores externos, emissão ou crição novos padrões de token. As ordinal inscriptions já contêm os dados brutos, que são gravados diretamente no blockchain do Bitcoin, tornando-se únicas.

Inscription 0
A primeira inscrição na rede do Bitcoin

Fungibilidade Nativa x Fungibilidade Social

O protocolo também costuma ser chamado de forma intercambiável de teoria  – “teoria ordinal” ou, no original, em inglês “Ordinals theory”  – por ser uma proposta para identificar individualmente (por meio de um número de série) e rastrear cada satoshi em todo o fornecimento de moedas Bitcoin. Isso porque nada mais é do que um projeto que propõe uma metodologia para rastrear todos os satoshis desde sua mineração até o ciclo de vida completo das transações. Logo, é um conceito teórico e uma metodologia que deve ser sobreposta a do Bitcoin UTXO. Nesse sentido, para os que tem maior conhecimento e interesse técnico, o protocolo (ou metodologia) Ordinals não tem rastreabilidade on-chain e os satoshis não são realmente numerados na rede. A fungibilidade desses satoshis no nível da blockchain do BTC permanece inalterada. Apenas sua fungibilidade social muda, com satoshis individuais tendo um histórico de infomações inscritas ao qual pode ser atribuído um valor diferenciado. Para os interessados em um maior detalhamento técnico, deixamos algumas fontes de estudo ao final desse artigo.

Simplificando, então, o protocolo “Ordinals” permite que os usuários transformem satoshis individuais em ativos únicos, ao numerar e anexar dados a cada um deles, em um processo conhecido como “inscription”.

Ordinal inscriptions e NFTs são a mesma coisa ?

Por outras palavras, embora os NFTs tradicionais sejam semelhantes aos Ordinals em alguns aspectos conceituais, existem diferenças técnicas importantes. Normalmente, os NFTs são criados usando contratos inteligentes em blockchains como Ethereum, Solana, Avax e BNB Chain e, às vezes, os recursos que eles oferecem são hospedados em outro lugar. Eles também depende da emissão de tokens infungíveis, de forma nativa, a partir da escolha de um padrão no momento da mintagem. Os Ordinals são inscritos diretamente em satoshis individuais adicionados a blocos na rede do Bitcoin. Os Ordinals residem totalmente na blockchain do Bitcoin, não dependendo de outra rede ou da emissão de novos tokens. E não foi preciso mudar nada no projeto ou na rede do Bitcoin para viabilizar seu uso. Nesse sentido, as inscrições de Ordinals herdam a simplicidade, imutabilidade, segurança e durabilidade do próprio Bitcoin.

Desde o lançamento do protocolo Ordinals, ele rapidamente se tornou a maneira mais popular de cunhar novos ativos ou inscrever dados na blockchain do Bitcoin. Como o próprio Casey explica, ele apenas desenvolveu uma metodologia para se atribuir valor numismático às menores frações de 1 BTC – os Satoshis. E com isso criou uma nova fonte de demanda por “espaço de bloco” (blockspace) – o produto ofertado pelas blockchains. No longo prazo, isso só fortalece a teoria de que os usuários da rede, no final do dia, atribuem valor não só ao produto resultante do processo de mineração (BTC), mas também à possibilidade de transacionar na rede.

Bitcoin Ordinals Markets: Magic Eden | Ordinals Market

Como Ordinals permitem o rastreamento e a transferência de satoshis individuais, com base no fornecimento total do Bitcoin, foram definidas as seguintes classificações para denotar a raridade de diferentes satoshis:

Comum: qualquer satoshi que não seja o primeiro de seu bloco (fornecimento total de 2,1 quatrilhões).

Incomum: o primeiro satoshi de cada bloco (fornecimento total de 6.929.999).

Raro: o primeiro satoshi de cada período de ajuste de dificuldade (fornecimento total de 3.437).

Épico: o primeiro satoshi após cada evento de halving (fornecimento total de 32).

Lendário: o primeiro satoshi de cada ciclo (fornecimento total de 5).

Mítico: o primeiro satoshi do Bloco Gênesis (fornecimento total de 1).

E, claro, só poderão existir tantos Ordinals quanto o número máximo de satoshis a serem minerados na blockchain do BTC.

BRC-20 tokens – Top 10

https://www.brc-20.io/

O que são tokens BRC-20 e qual a sua relação com Ordinals ?

A partir do protocolo Ordinals e as inúmeras possibilidades de inscription, um programador e usuário anônimo da rede, conhecido no Twitter como @domodata, desenvolveu uma maneira experimental de usar essa nova ferramenta para permitir que as pessoas cunhem e transfiram os tokens que quiserem na blockchain Bitcoin. É isso mesmo. E tudo em menos de 6 semanas após o lançamento oficial dos Ordinals.

Em razão dessa inovação experimental derivada, os usuários da rede também puderam passar a experimentar com a cunhagem de tokens na rede do BTC pela primeira vez na história do Bitcoin.

Isso só impulsionou mais ainda o número de inscrições de Ordinals a partir de março desse ano. Desde então, o número de tokens cunhados disparou, com mais de 80% do total de inscriptions até agora sendo relacionadas ao padrão BRC-20.

A mais recente onda de inovação no Bitcoin

Como resultado do interesse crescente pelos Ordinals, a rede do Bitcoin ficou sobrecarregada ao longo de semanas, o que resultou no aumento das taxas de transação e no engarrafamento do mempool com transações pendentes, levando ao amplo congestionamento da rede. E a novidade não parou por ai.

Na esteira dessa onda de inovação, outros desenvolvedores descobriram como usar o protocolo Ordinals para criar novos “padrões” na rede (i.e. derivar outros tipos de utilidade do protocolo). Até então, além do “padrão BRC-20”, já tivemos a criação também de padrões ORC-20 e SRC-20 e do mais novo padrão BRC-721E , que permite a conversão dos tokens padrão de NFTs da Ethreum (ERC-721) em Ordinals de BTC. E claro que vários usuários aproveitaram para criar moedas de meme fungíveis.

Com a atenção de todo o mercado se voltando para essa nova febre, importantes players anunciaram medidas para não ficar de fora da mais nova revolução bitcoiniana. A MetaMask anunciou que pretende desenvolver um novo recurso que permitirá aos usuários armazenar Ordinals em suas carteiras e a Ledger também passou a oferecer suporte para o protocolo em suas carteiras. Até mesmo o Yuga Labs, empresa responsável pelo Bored Ape Yacht Club (BAYC), leiloou sua primeira coleção de arte original em Ordinals, que conta com 300 artefatos digitais, faturando US$ 16,5 milhões (TwelveFold).

Primeira Coleção de NFTs da Yuga Labs na rede do Bitcoin

Riscos e Oportunidades

Enquanto o congestionamento decorrente dessas aplicações experimentais causou a fúria de muitos usuários e analistas puristas e maximalistas, outros se pronunciaram em suporte do protocolo, ressaltando que qualquer caso de uso que se propõe a trazer maior volume de transações para a rede do BTC é benéfico, especialmente no longo prazo, quando todos os BTCs terminarão de ser minerados, pois os mineradores passarão a depender de taxas de transação para sobreviver. Taxas altas o suficiente para manterem o interesse dos mineradores dependem de transações em grandes volumes e de forma frequente – o que o protocolo Ordinals pretende promover. O entusiasmo dos usuários do protocolo em suas primeiras semanas também sinaliza uma demanda reprimida por NFTs na rede do BTC, que estavam apenas esperando pela oportunidade para testar soluções nesse sentido.

Por um lado, os defensores apontam como benefícios da sua ampla adoção: atração de novos usuários para a rede, criação de nova demanda pelo uso da rede, aumento das taxas para mineradores, aceleração do processo e aumento da aceitação da adoção de soluções de segunda camada para BTC e aumento das transações usando a tecnologia Taproot.

Por outro lado, os críticos apontam que essa nova forma de uso da rede impõe riscos ainda desconhecidos, aumenta os custos e reduz a velocidade das transações, congestiona a rede desnecessariamente, pode afetar a fungibilidade dos satoshis (e alterar a narrativa e percepção de caso de uso do Bitcoin como dinheiro ou ouro digital, que devem ser intrinsecamente fungíveis), além de poder comprometer o anônimato (adiciona pontos de rastreamento, aumento a fragilidade dos pseudônimos da rede) e dar início a um novo processo de fork na rede.

Talvez o maior risco dos Ordinals – se dessem realmente muito certo – seja exatamente esse. Antes deles, todos os satoshis eram iguais e podiam ser trocados por qualquer outro satoshi em qualquer outra camada. Mas os Ordinals potencialmente alteram o valor dessas unidades de dinheiro, atrelando dados adicionais a elas, encorajando os usuários da rede a pagarem preços de mercado diferenciados por esses satoshis por atribuirem a eles um valor diferente. Isso poderia sim resultar em um mercado para satoshis colecionáveis ​​raros em separado, descaracterizando essas frações de BTC como moeda ou reserva de valor de uma forma mais tradicional.

E quando falamos de oportunidades ?

Estimativa da Galaxy Research para o mercado de NFTs de Bitcoin

De acordo com um relatório recente da Galaxy Research, o mercado de NFTs de Bitcoin está em rápido crescimento e poderia valer US$ 4,5 bilhões até 2025.  A teoria dos analistas da Galaxy é simples: novos casos de uso surgiram e ainda surgirão a partir dessa inovação e serão responsáveis por impulsionar o interesse e a adoção crescentes da rede do Bitcoin nos próximos dois anos. Logo, a primeira forma – e mais óbvia – de exposição ao crescimento desse mercado é o aumento da sua posição em BTC.

A segunda forma – ainda óbvia – de exposição ao crescimento desse mercado é através da aquisição de NFTs (ou artefatos digitais) de BTC, o que pode ser feito por meio da análise sistemática e investimento em coleções emergentes de NFTs de Bitcoin. O ideal é começar analisando as principais coleções em volume e popularidades (como Taproot Wizards, Bitcoin Punks, Ord Rocks, Bitcoin Frogs, Misprints, Bitcoin Bandits, Abstraordinals e TwelveFold) em sites como: Ordinals Marketplace, Ords Swap, Gamma Ordinals, e Magic Eden Bitcoin, bem como pesquisar sobre os principais tokens BRC-20 transacionados na rede do BTC (como Ordi, Pepe, Sats e Wojak Coin) em sites como: BRC-20.io e Coinranking.

A terceira forma – menos óbvia – de exposição ao crescimento desse mercado é através da exposição precoce a novos casos de uso que surgirem a partir daqui. O surgimento de colecionáveis e tokens de meme na rede do BTC são apenas as primeiras possibilidades de experimentação que emergiram. Muitos outros – os quais estão apenas começando a ser explorados – irão surgir.

Carteiras de BTC mais usadas para interação com o protocolo Ordinals:
Ordinals Wallet, Xverse Wallet e Hiro Wallet

Como mencionamos, a ascensão em popularidade dos Ordinals gerou muito antagonismo na comunidade cripto, com muitos usuários da rede Bitcoin criticando o protocolo, alegando que ele seria ineficiente e desperdiçaria espaço de bloco, além de elevar o valor das taxas de transação realizadas na rede e promover seu congestinamento generalizado com algo inútil. Esses usuários essencialmente acreditam que a rede deve ser usada apenas para transacionar BTC e que cada unidade de BTC é uma moeda ou reserva de valor e nada mais.

Mas muitos outros têm explorado o seu uso e aplicações derivadas, argumentando que ele apenas cria novos casos de uso para a rede (mais utilidade para BTC) a trai novo fluxo de usuários e investidores, trazendo uma nova onda de interesse e novas propostas de valor para o ativo. Esses usuários essencialmente acreditam que a rede pode e deve ter multiplos usos, tantos quantos seus usuários queiram e sinalizem que gostariam de testar. A maioria é composta por entusiastas da inovação em Bitcoin, que cansaram de ver novidades surgirem e proliferarem apenas da Ethereum e outras blockchains de primeira camada (L1).

Nesse sentido, a capacidade de integrar novos usuários à comunidade mais ampla do Bitcoin – especialmente os entusiastas de NFTs – é provavelmente o maior atrativo da proposta dos Ordinals. E como muitos analistas confessaram, há muito tempo eles não ficavam tão animados com uma novidade na rede do Bitcoin.

Ainda que a comunidade siga dividida sobre a legitimidade do uso da blockchain do Bitcoin para as aplicações possibilitadas pelos Ordinals, como coleções NFTs e criação de tokens BRC-20, sugerimos que você não fique de fora das inúmeras possibilidades que estão sendo criadas todos os dias.

Ordinal Birds

Estudos

NFT Timeline

https://www.disruptivegate.com/nft-timeline/

Overview of Colored Coins 

https://bitcoil.co.il/BitcoinX.pdf

Quantum: The First NFT Ever

https://www.digitalartists.com/blog/first-nft-ever/

Bitcoin Punks

https://bitcoinpunks.com/

Ordinal Theory Handbook

https://docs.ordinals.com/introduction.html

What’s the BRC-20 token standard?

https://coinmarketcap.com/community/articles/644951761f54331a2616ba16/

What Are Ordinals? A Guide to NFT Inscriptions on Bitcoin

https://www.xverse.app/blog/what-are-ordinals-a-guide-to-nft-inscriptions-on-bitcoin

Glassnode: Ordinal Theory and the Rise of Bitcoin Inscriptions

https://insights.glassnode.com/ordinal-theory-and-the-rise-of-inscriptions/

The Quest to Make Bitcoin Fun Again

https://www.coindesk.com/consensus-magazine/2023/02/23/casey-rodarmor-why-i-developed-the-ordinals-bitcoin-nft-project-coindesk/

Pros and Cons of Ordinals

https://thebitcoinmanual.com/articles/pros-cons-ordinals/

Galaxy Research – Bitcoin Inscriptions & Ordinals

https://www.galaxy.com/research/whitepapers/bitcoin-ordinals-inscriptions-5-billion-nft-market/

What are Bitcoin Ordinals and How Are They Different From Other NFTs? (incl. best Ordinals Wallets)

https://www.coingecko.com/learn/bitcoin-ordinals-nft

Bitcoin Ordinals: Are They NFTs?

https://www.ledger.com/academy/bitcoin-ordinals

Ordinal Theory Explained: Satoshi Serial Numbers and NFTs on Bitcoin

https://www.youtube.com/watch?v=rSS0O2KQpsI

Bitcoin Ordinals NFTs with Casey Rodarmor & Eric Wall

https://www.youtube.com/watch?v=ktL77zEWcEc


Bitcoin Ordinals Workshop com Casey Radamor

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