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Você já se perguntou quais são os lugares do mundo onde as pessoas mais usam Bitcoin e criptomoedas? Entenda neste artigo porquê Ucrânia, Rússia, Venezuela, Kênia e Estados Unidos são os países com mais usuários dessa tecnologia e o que eles têm em comum.
Depois de Nayib Bukele, presidente de El Salvador ter declarado o Bitcoin como uma das moedas oficiais do país, houve um certo tipo de turismo por parte dos fãs da criptomoeda e que além disso, gostariam de entender de perto como funcionaria essa transição. Da mesma maneira, os usuários de Bitcoin sempre procuram países com maior adesão para facilitar o uso da moeda durante suas viagens.
Ademais, com a chegada da pandemia e o cenário de instabilidade no país, muitas pessoas vêm procurando formas de proteger seu capital, ou de ao menos fazer com que seu dinheiro não desvalorize em ritmo acelerado, buscando alternativas não convencionais, como o Bitcoin.
Quando falamos sobre a curva de adoção de novas tecnologias, o Bitcoin comparado a Internet (113% ao ano contra 63%), tem a adoção mais rápida que qualquer outra tecnologia na história. Ou seja, se a tecnologia continuar a cair no gosto dos usuários, o que as tendências têm demonstrado, ainda temos um longo caminho pela frente.
Entendendo então que o Bitcoin é popular em países com a economia instável e altos índices de inflação, justamente como uma forma de encontrar uma saída para esses problemas, vamos visualizar cada caso:
- Estados Unidos – 8.31% da população
Apesar de parecer contraditório, porque os EUA possuem uma das economias mais fortes do mundo, aproximadamente 27 milhões de americanos possuem criptomoedas. Esse fato pode ser relacionado com uma cultura de investimentos forte no país, no qual 60% das pessoas têm o hábito de investir seu dinheiro.
E além disso a crise do COVID-19 levou a uma taxa de inflação de 5% em apenas 12 meses, o que também pode ter levado mais pessoas a transformarem seus dólares em Bitcoin.
Por fim, entre as notícias recentes, o Presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, já declarou que o país não tem a intenção de banir as criptomoedas, demonstrando-se simpatizante do universo cripto, agora basta entender se esse fato irá incentivar mais americanos a entrar nessa nova economia.
- Rússia – 11.9% da população
Em setembro de 2021 a Rússia afirmou que não tem pretensão de transformar o Bitcoin em moeda de curso legal, apesar disso já são aproximadamente 18 milhões de russos dentro do universo cripto. Apesar de serem descriminalizadas, o país ainda possui algumas limitações e bloqueios em relação às criptomoedas, como sites e serviços relacionados.
Mesmo assim, o país possui certas controvérsias, isso porque Associação Russa da Indústria de Criptomoedas e Blockchain (Racib) declarou em julho de 2021 que pretende atrair mais mineradores para o país, através de um projeto para migrar os recursos computacionais da mineração mundial para a Federação Russa.
- Ucrânia – 12% da população
Se formos considerar a porcentagem da população total do país que adere às criptomoedas, a Ucrânia lidera esse ranking com mais de 12% da população, cerca de 5.5 milhões de pessoas.
Mais um sinal de que as criptomoedas não vão sair de vista tão cedo, em setembro de 2021 a Ucrânia foi mais um dos países a legalizar e regularizar o Bitcoin e outras criptomoedas. Fato que pode aumentar ainda mais a aderência dos ucranianos a partir daí.
- Kênia – 8.5% da população.
Quando falamos do Kênia, esse número corresponde a um total de 4.5 milhões de usuários. Nos últimos anos, a África como um todo vem passando por uma transição em sua economia e com ela a aderência das criptomoedas. Segundo uma pesquisa de agosto de 2021, Kênia lidera as transações mundiais em P2P.
O crescimento da adoção das criptomoedas na África está fortemente relacionado ao enfraquecimento das economias regionais, em um futuro próximo talvez iremos ver esses índices crescendo ainda mais.
- Venezuela – 10.34% da população
Por último, para representar a América latina a Venezuela possui um total de 3.5 milhões de venezuelanos no universo cripto. Mais uma vez, a adoção do Bitcoin está altamente relacionado às taxas crescentes de inflação no país, que tornam sua própria moeda tão instável quanto o próprio Bitcoin, e por isso optam por dolarizar seu capital ou utilizar criptomoedas.
Na américa latina, a Venezuela foi um dos primeiros países a regularizar as criptomoedas, e colocou inclusive o exército para minerar. Além disso, graças às dificuldades de desenvolvimento da indústria no país, as transações também são feitas majoritariamente através dos P2P. Com o crescimento do setor no país, provavelmente muitos outros venezuelanos irão se render ao Bitcoin.
- E o Brasil em que posição se encontra?
Em maio de 2021 a Forbes anunciou a Mercado Bitcoin como o primeiro unicórnio do Brasil, o que demonstra o crescimento do universo de criptomoedas no país, apesar do atraso em relação às regulamentações. Estima-se que cerca de 5% da população do Brasil, ou 10 milhões de pessoas, possuem criptomoedas.
Um dos fatos que contribuiu para isso foi a listagem de ETFs de criptomoedas na bolsa de valores, o que deu abertura para pessoas que não se sentiam seguras em começar sozinhas.
E você, já faz parte desses 10 milhões de brasileiros?
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